Segundo dia em Berlim. Conheci o brasileiro que estava no meu quarto. Ele já estava em Berlim há uns dias e conhecia um grupo que fazia passeios turísticos pela cidade. Ele me disse que faria um desses tours, o tour de Sachsenhausen, que era o campo de concentração nazista em Berlim, e me convidou pra ir também. Impossível perder uma oportunidade como essa.
Acordamos então às 9 da manhã. Às 11 o tour sairia do ponto de encontro, que era em frente ao Starbucks da Pariserplatz, em frente ao Portão de Brandenburgo. O grupo que organiza esses tours é fantástico! Se chama Sandeman’s NewEurope. Eles oferecem tours guiados em inglês e espanhol pelas principais cidades da Europa. Os guias são sempre jovens, geralmente recém formados e especializados em algum dos assuntos que tratam em seus tours. São sempre extremamente animados e teatrais. O tour básico pela cidade é grátis, basta chegar ao ponto de encontro, dizer que quer o Free Tour e eles vão te dar um papelzinho e pedir pra esperar que o guia chame em voz alta quando estiver saindo. Depois o guia pede gorjetas. Todos os guias, sem exceção, estão lá por prazer, gostam muito do que estão fazendo, e, assim, explicam cada detalhe e respondem cada pergunta com a maior empolgação.
Mas, enfim, já chega de propaganda da Sandeman’s. Chegamos lá no ponto de encontro, pagamos os 12 euros para o tour de Sachsenhausen e esperamos. O guia anunciou a saída de nosso tour. Pegamos o metrô, éramos umas 30 pessoas no tour em inglês e mais umas 20 no tour em espanhol. Depois de uns 40 minutos de metrô e mais uns 15 de ônibus, chegamos a Sachsenhausen. Na construção da entrada, um tipo de recepção, tinha um mapa do campo de concentração, onde paramos, o guia se apresentou e nos mostrou no mapa por onde passaríamos.
O guia merece um parágrafo. Adam, era seu nome. Nascido no sudeste dos Estados Unidos, ele se formou em história da Alemanha e mora em Berlim a 2 anos, trabalhando como guia da Sandeman’s. O jeito passional com o qual ele explicava cada detalhe era impressionante. A maneira que tinha de contar as curiosidades e fatos interessantes sobre a história do local me lembrou célebre historiador Pedro Ferrari, em seus contos de mesa de bar. E essa paixão por mostrar a todos a história deste local não era sem razão. Os pais de Adam são alemães intimamente ligados com a história do nazismo na segunda guerra. A família de seu pai era de oficias do exercito de Hitler, e a família de sua mãe era de alemães condenados pelo nazismo por subversão, e vários deles tem seus nomes no livro dos mortos de Sachsenhausen. Imaginem, então, a vontade com a qual Adam lidera esse tour.
Pois comecemos o tour. Contarei cada detalhe que lembro da visita, cada história e curiosidade contadas pelo guia. Sugiro que acompanhem o texto com as fotos do campo, que pus no Orkut.
Começamos acompanhando o lado externo de um dos muros do campo. Antes de entrarmos o guia nos parou em frente à antiga cozinha dos oficiais. Nesta cozinha trabalhavam os prisioneiros VIP’s, ou seja, aqueles que tinham habilidades especiais, como culinária. Esta era uma posição privilegiada para um prisioneiro, pois ele estaria o dia todo em contato com comida, e podia tentar eventualmente roubar um pedaço de pão ou carne.
Nesta mesma pausa, o guia explicou a diferença entre os dois tipos de campos de concentração. Existiam os campos de trabalho e os campos de extermínio. Os campos de extermínio, como o famoso Auschwitz, tinham como objetivo somente de matar os prisioneiros. Os campos de trabalho, como Sachsenhausen, serviam como uma indústria nazista de trabalho escravo, onde os prisioneiros trabalhavam muito, de graça e praticamente sem comida. É difícil de imaginar qual dos dois tipos é o mais cruel. No campo de extermínio os prisioneiros que chegavam eram exterminados após um curto período de sofrimento, por vezes no mesmo dia que chegavam, já no campo de trabalho os prisioneiros eram mantido vivos trabalhando em absurdo sofrimento e fome até eventualmente morrerem por maus tratos.
Entramos e estávamos na pequena vila dos oficiais da SS. Um belo bosque com altas arvore e casinhas bonitas. Lugar mantido assim, na época, para ajudar os oficiais a esquecerem o caos que viviam dentro do campo. Podiam botar tudo aquilo num cantinho empoeirado de suas memórias e deixar lá, fingindo que nada daquilo era real. A crueldade dos generais nazistas era absurda. Um dos generais que comandou Sachsenhausen por um tempo certo dia de inverno resolveu mandar todos os 39000 prisioneiros do campo saírem de seus alojamentos e ficarem em pé no pátio principal do campo. É inverno aqui, agora. Uns 30 cm de neve por todo o campo. Estávamos todos com muitos casacos, calças quentes, duas meias e botas de couro, e estávamos com frio. Imagine a sensação de um dos prisioneiros nesse frio ao longo de horas com nada além de um pijama listrado. O general ficou, então, lá do alto. Vendo os prisioneiros caírem no chão um por um.
Continuando a caminhada, saímos da vila nazista e atravessamos o portão que dava de fato acesso ao campo. No portão de metal liam-se as famosas palavras: “Arbeit Macht Frei”, ou seja: “O Trabalho Liberta”. Pra lá do portão, os prisioneiros perdiam a individualidade. Seus pertences eram todos tomados, seu cabelo raspado e lhes eram dados pijamas listrados e um par de botas. Cada pijama tinha um triângulo no peito que identificava o motivo pelo qual o prisioneiro estava ali. Triângulo amarelo, judeu; triângulo rosa, homossexual; triângulo vermelho, soviético, e por aí vai. As botas eram de um tamanho aleatório, inedpendente do tamanho do pé do prisioneiro. Se o prisioneiro calçava 42, tinha uma bota 38 e tentasse trocar sua bota com alguém que tinha seu número ele era punido com execução pública.
Acima do portão de entrada se situava a Torre A, chamada assim por ser o ponto de chegada dos prisioneiros, sendo o ‘A’ a primeira letra do alfabeto. Todo o acampamento é disposto em função desta torre. Ela é o centro de um círculo e os alojamentos eram dispostos na direção radial deste círculo. Assim, de um só ponto era possível monitorar absolutamente toda a extensão do campo, cada corredor entre alojamentos estava sob o olhar vigilante de um oficial da SS. No topo dessa torre originalmente estava instalada uma metralhadora. Em seus 9 anos de funcionamento, o campo de Sachsenhausen nunca registrou uma só fuga, e a metralhadora da Torre A nunca disparou um só tiro.
Em cima da Torre A ficava um relógio. Hoje em dia, neste lugar está um relógio pintado, marcando por volta das 11:07, horário no qual o campo foi tomado pelos soviéticos e ‘desativado’. Desativado entre aspas, pois os soviéticos continuaram a usá-lo, aprisionando nazistas e fazendo-os passar pelas mesmas crueldades que passavam os antigos prisioneiros.
Já dentro do campo viramos à direita em direção aos dois alojamentos ainda conservados. Ao longo do muro principal vimos as marcas da segurança extrema contra fugas. Estávamos a cerca de 10 metros do muro. A faixa de 5 metros à nossa frente era a chamada ‘Zona Neutra’, onde uma placa anunciava: “Neutrale Zone – Es wird ohne Anruf sofort scharf geschossen”, em português: “Zona Neutra - Tiros serão disparados sem aviso”. Depois dessa área, uma alta cerca de arame farpado estava à frente do muro de concreto. E, na frente desta cerca dois rolos de arame farpado, que tornavam quase impossível escalar a cerca, e, eliminando o ‘quase’, na frente destes rolos de arame uma linha de arame farpado estava a cerca de 15cm chão, quase impossível de se ver, principalmente à noite, e faria um possível fugitivo tropeçar e cair de cara nos rolos de arame logo à frente.
Esta Zona Neutra criou gerou um grande problema para os nazistas. É fácil imaginar que, sob as condições às quais eram submetidos os prisioneiros nesse campo, vários deles teriam tendências suicidas. Mas a grande maioria deles era extremamente religiosa, e considerava suicídio como um grave pecado. Mas, se pisassem na Zona Neutra e fossem baleados, não seria suicídio, então, como era de se esperar, alguns prisioneiros começaram a agir dessa maneira. Para resolver tal problema, os oficiais circularam um aviso por todo o campo, dizendo que, se algum prisioneiro adentrasse a Zona Neutra, seria baleado na perna, e seria levado à enfermaria onde teria seu sofrimento prolongado por dias ou semanas antes de morrer. Nunca mais nenhum prisioneiro pisou na Zona Neutra.
Seguimos nosso caminho para os alojamentos conservados. Os alojamentos tem paredes de madeira fina, e, é claro, não tinham sistema de aquecimento. Fazia muito frio. Em uma das extremidades da construção víamos marcas de um incêndio, resultado de um ataque neonazista em 1992. Paramos dentro do alojamento e o guia nos contou que o campo de Sachsenhausen tinha cerca de 40 campos satélite, onde os prisioneiros trabalhavam. Os proprietários desses campos eram grandes companhias alemãs, como a Siemens, Volkswagen e IBM. Esse passado é meio escondido hoje em dia, mas as empresas lucravam com o nazismo, utilizando o trabalho escravo. Acredito que, na época, a empresa poderia inclusive fazer disso um ponto positivo em suas propagandas, afinal, ela estava ajudando o Reich a ser bem sucedido em sua ‘limpeza’ mundial.
Em cada um desses alojamentos ficavam cerca de 300 pessoas. As salas para banho e os banheiros eram minúsculas, considerando a demanda, e tinham o acesso controlado por oficiais SS. No dormitório, vários beliches triplos, nos quais dormiam 6 pessoas ou mais, e todos brigavam pela cama de cima, por dois motivos: era mais quente e frequentemente pessoas morriam durante o sono, e fluidos escorriam para as camas de baixo.
Saímos do alojamento e fomos para a prisão de Sachsenhausen. Esta prisão servia para prisioneiros de guerra. Apesar de eu ter usado até agora a palavra ‘prisioneiros’ para aqueles que estavam dentro do campo, esta talvez não seja a melhor denominação, pois eram, de fato, trabalhadores. Os prisioneiros de Sachsenhausen eram aqueles que ficavam neste prédio pequeno, e não estavam lá para trabalhar, eram prisioneiros de guerra. Esta construção é composta de um estreito corredor que o atravessa e várias celas dos dois lados. Cada cela é bem pequena, e tem uma janela que originalmente era lacrada com caixas, deixando os prisioneiros desprovidos de luz solar. No pátio da prisão vêem-se três postes com uma haste de metal no topo, como um grande prego, colocado transversal ao poste. Este era um instrumento de tortura. Os prisioneiros tinham suas mãos atadas para trás, subiam em um banco, colocavam as mãos atadas sobre essa haste e o banco era retirado, deixando-os pendurados em uma posição nada confortável. Os oficiais da SS então davam chicotadas – ou mandavam outros prisioneiros darem as chicotadas - no prisioneiro pendurado enquanto este era forçado a contar os golpes, em alemão, e, se errasse a contagem, esta era reiniciada do zero. Sendo que muitos prisioneiros não falavam alemão, a contagem ficava presa entre zero e um até quando o oficial decidisse parar.
Um dos detentos ‘célebres’ dessa prisão foi o filho de Joseph Stalin, que era oficial das forças soviéticas e foi capturado pelos nazistas. Hitler tentou usá-lo como chantagem com Stalin, oferecendo trocá-lo por um dos generais de mais alto calão das forças soviéticas. Proposta não aceita por Stalin. Como disse o guia: “Joseph Stalin, senhoras e senhores”.
Saindo da prisão, fomos para o centro do campo: a cozinha. Este prédio foi transformado num pequeno museu. Alguns instrumentos utilizados no campo estão à mostra. Um pijama listrado, uma colher rudimentar feita por um dos internos, entre outros artefatos. Mais para o fundo do prédio encontra-se uma mesa com alguns bancos na frente e um grande livro parafusado à mesa e com páginas plastificadas. Este é o Livro dos Mortos de Sachsenhausen. Livro no qual estão registrados os cerca de 53000 nomes de pessoas que morreram no campo. Mais ainda ao fundo catorze computadores estão disponíveis, com fones de ouvido. Neles podemos assistir depoimentos de sobreviventes do campo de Sachsenhausen. Os depoimentos são chocantes. Eles falam, sobretudo, da fome. Um deles fala, com lágrimas nos olhos, que a fome doía, tanto quanto como um corte profundo na perna. Dizia que ele e seus companheiros chegavam a imaginar como seria cortar-se e comer suas próprias entranhas para se sentir saciado uma vez antes de morrer. Com uma dieta de em média 600kcal por dia, isso era o quão faminto estavam.
Saindo da cozinha, passamos pelo centro do campo, onde agora fica um grande e imponente monumento de concreto cinza com vários triângulos vermelhos no topo, representando os soviéticos mortos no campo. Esse é o memorial construído pelos soviéticos como memorial dos mortos nesse campo. Porém, não é o memorial oficial, pois homenageia somente os soviéticos.
Continuando a caminhada, atravessando o campo chegamos ao lugar chamado de Estação Z. A mesma analogia da Torre A é usada aqui, ‘Z’ sendo a última letra do alfabeto, esta estação era o ponto final dos prisioneiros no campo. Este era o lugar onde eram exterminados.
Atravessando um muro conseguimos ver q o caminho leva para uma trincheira, mas o que há nesta trincheira não é imediatamente visível, pois é necessária uma curva de 180° para chegar à rampa de acesso. Descendo esta rampa, lá no fundo não se vê nada além de uma parede de madeira. Esta parede é feita de troncos de madeira cortados e dispostos de tal maneira que suas seções transversais empilhadas são visíveis na parede. Este era o paredão de fuzilamento. Porém, este foi considerado pelos nazistas um método de extermínio ineficiente, pois assim que o prisioneiro era guiado pela rampa e via o paredão de madeira banhado de sangue, começava a implorar e chorar aos berros para o oficial não matá-lo. Olho no olho, a poucos centímetros de distância do oficial nazista o prisioneiro se ajoelhava e implorava por misericórdia. Esta proximidade com o prisioneiro fazia muitos dos oficiais esquecerem ‘que eles não estavam lidando com humanos’, e ficavam loucos, largavam o serviço às forças nazistas e muitos chegavam a suicidar-se. Assim, então, os nazistas aprenderam que o método perfeito de extermínio seria aquele com nenhum contato entre o oficial e o exterminado. O prédio principal da Estação Z foi construído então com este propósito. O caminho dos prisioneiros neste prédio era como segue:
Ele era trazido para este lado do campo com a desculpa de que passaria por um exame médico. Geralmente isso era feito com recém chegados, e um exame médico para estes faz perfeito sentido, eles não desconfiavam de nada. Entrando no prédio eram recepcionados por dois homens com jalecos brancos, reforçando a autenticidade do exame, mas estes eram, na realidade, oficiais da SS vestidos como médicos. Na sala seguinte, um desses ‘médicos’ fazia um rápido exame nos dentes, que na verdade tinha o objetivo de saber se ele tinha dentes de ouro. Se ele tivesse algum dente de ouro um ‘X’ era feito em sua mão. Ele então era levado para a próxima sala, onde sentava sozinho, ouvindo música clássica num volume ensurdecedor por algum tempo. Depois de um tempo, era levado para a sala seguinte onde um equipamento para medir altura estava instalado na parede. Ele era então guiado para esta parede e era posto com as costas em contato com o equipamento. Atrás dessa parede, através de uma fenda, estava um oficial da SS com um fuzil apontado para a nuca do prisioneiro. Aí acabava seu caminho. O resto do prédio era dividido em dois: uma sala onde os corpos eram acumulados para outros prisioneiros extraírem os dentes de ouro e o crematório para queimar os cadáveres. Chegavam a exterminar 300 pessoas por dia com este método, o processo era em série, então, enquanto um estava na sala de espera, outro estava sendo executado, por isso a música clássica tão alta. Além disso, as paredes da sala de extermínio eram duplas, isolando quase completamente o som do que lá dentro se passava. Os dentes de ouro deviam ser identificados antes do prisioneiro ser executado, pois depois sua boca estaria repleta de sangue, tornando difícil a identificação dos pequenos tesouros.
Próxima parada foi a enfermaria, que na verdade servia para falsas autópsias e depósito de cadáveres. Pela lei da época, se um prisioneiro morresse dentro de um campo de concentração, todas as suas possessões eram automaticamente transferidas pelo governo, mas, para isso, deveria existir um atestado de óbito. Então cada prisioneiro que morria era levado para a enfermaria, onde outro prisioneiro, sem nenhuma experiência médica, fazia um corte em ‘Y’ em seu tórax e abdômen, e escolhia a causa da morte. Exatamente, “escolhia”. Os oficiais davam uma lista com causas como ‘úlcera’, ‘hepatite’, ‘ataque cardíaco’... E o prisioneiro deveria escolher um destes, escrever um atestado de óbito, assinar e pronto. Com o tempo, os prisioneiros desenvolveram um código para que a causa real da morte fosse descoberta pelas famílias no futuro. Se o prisioneiro tinha sido morto por tiro, colocavam úlcera, se morreu de fome, colocavam hepatite, por exemplo. E assim, hoje em dia, algumas causas reais das mortes são conhecidas.
No andar de baixo da enfermaria era o porão onde armazenavam os cadáveres. Em alguns lugares com um defeito de nivelamento do chão de concreto, o sangue se acumulava e as manchas vermelhas são ainda hoje visíveis.
Saímos da enfermaria. O guia nos agradeceu e falou como achava importante essa visita que estamos fazendo e que só uma parcela minúscula dos turistas na Alemanha faz.
Eu não sou nenhum humanista fervoroso, nunca saí e nunca sairei gritando por aí sobre proteger a humanidade ou algo parecido. Mas o que vemos nas instalações do campo de concentração e o que ouvimos de suas histórias é algo muito inquietante. Algo que os humanos vem fazendo há milênios: tomar o controle de tudo que os cerca, julgando ser sábio o suficiente para saber quem deve morrer e quem deve viver. Nós, humanos, há muito tempo fazemos isto e continuamos a fazer. Não hesitamos em matar os animais ou vegetais que se colocam em nossa frente quando queremos expandir nosso domínio humano. As duas únicas diferenças entre o que cada um de nós faz e o que os nazistas faziam é (1) que eles o faziam explicitamente com outros seres humanos e (2) eles perderam a guerra, ficando vistos como vilões eternos da humanidade.
Mas pare e pense neste último parágrafo. Se achar baboseira, que os nazistas eram apenas malucos cruéis com cultura e comportamento completamente diferentes dos nossos atuais comportamentos e culturas, tudo bem. Mas se, por outro lado, começar a ficar louco, recomendo o livro ‘Ishmael’ do Daniel Quinn, para continuar enlouquecendo.
*Ouvindo – “Pink Floyd – The Wall”