quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Na Alemanha 9 – 21 de Janeiro de 2010

Só faltava uma coisa pra fazer em Colônia: subir na torre da catedral. Aqui pela Europa quase toda cidade tem um lugar pra subir. Eles gostam disso, num sei por quê. Em Lyon você sobe na colina de Fourvière pra ver a cidade lá de cima. Em Paris você sobe no Arco do Triunfo, na Torre Eiffel ou na Sacré Cœur. Em Genebra tem a Catedral de St. Pièrre. Em Milão você sobe na Catedral do Duomo. Em Berlim tem a Fernsehturm na Alexanderplatz. Em Dusseldorf a Rheinturm. E em Colônia, claro, a Kölner Dom, a famosa e imensa catedral. Alguns desses lugares, os mais modernos – como a Fersehturm, a Torre Eiffel e a Rheinturm –, tem elevadores, pra te levar ao topo. Nas catedrais não. Geralmente nessas construções mais antigas uma escada em espiral quase vertical te leva ao topo. E, lembre-se: a catedral de Colônia é a mais alta da Europa. Suas torres podem ser vistas da Rheinturm em Dusseldorf, em dias de sol. E eles ainda cobram pra você subir na tal da catedral. Eu, turista, feliz, animado, penso: vale a pena. São só 3 euros. Vou subir na catedral de Colônia, uma das mais famosas do mundo. Vâmo que vâmo!

É. Vai nessa...

Peguei meu ticket, todo pimpão, comecei a subir as escadas. E elas não acabavam. Nunca. Eu olhava pra cima e só via mais degraus acima de mim, denunciando mais uma volta no espiral, no mínimo. Enfim vi uma luz vinda de uma porta na parede da escada. Já derrotado pelo cansaço juntei minhas forças, apertei o passo e, quando cheguei à porta, vi que a escada continuava além da porta. Esse era só uma parada no meio do caminho, na sala dos sinos. Andei em volta dos sinos, pra tirar fotos e descansar, pensando: ‘deve estar chegando no topo. Tá acabando’. Otimismo é tão bonito, né? Mas eu estava errado...

Saí da sala dos sinos e continuei a subida, quando vi uma placa anunciando que eu estava um pouco além da metade do caminho. Bom, né? Muito bom.

Continuei, continuei. Uma hora, pra minha alegria, percebi que a escada acabava, era a última volta do espiral. Juntei forças de novo e cheguei ao topo! O caminho seguia por um pequeno labirinto até chegar num salão principal, bem abaixo de uma das pontudas torres. E no centro dessa salão o que vi? Sim, claro. Mais escadas.

Daí pra frente não lembro bem o que aconteceu, só sei que cheguei lá em cima, sem conseguir falar direito, tirei umas 5 fotos, não muito boas, porque a visão é prejudicada por uma grade de arame trançado bem fino, onde mal passa a lente da câmera, pra conseguir boas fotos. Desci e fui ao albergue pegar minhas coisas pra ir ao aeroporto.

Conselho: se for a Colônia, vá à catedral, entre nela, veja o órgão, a urna de outro no fundo do altar, as velas acesas em seus suportes, mas não suba na torre. Não faça isso com você. Sério!

Enfim. Subi no trem e fui ao aeroporto. Dessa vez nada de companhia aérea de baixo custo! Air Berlin. Aeroporto grande, bem organizado, fácil de chegar, lanchinho gratuito durante o vôo. Maravilha. Pude até despachar minha mochila gigante! Tá muito fácil.

Cheguei a Munique e já fui logo pro metrô pra ir ao centro da cidade, na Hauptbahnhof – estação central –, onde ficava meu albergue. O ticket é uma facada. Dez euros!

Cheguei ao albergue e, quando tinha terminei de me instalar no quarto, já era de noite. Esse foi o melhor albergue dos 4 que fiquei. Euro Youth Hostel. A 2 minutos da estação central, camas confortáveis, lençóis novos e cheirosos, funcionários muito simpáticos e com inglês perfeito e fácil de entender, um bar no lobby do albergue, que fica sempre passando um canal de Sport na TV de plasma, cheio de gente conversando nas mesas e eles oferecem até um Wii pra você jogar de graça.

Fiquei nesse bar, no computador. Não demorou muito pra conhecer pessoas. Dois brasileiros, um de São Paulo e outro de Salvador que tinham se conhecido ali mesmo no albergue. Ficamos ali conversando, experimentei a famosa Augustiner, cerveja de Munique que existe desde 1368. É a preferida da maioria dos muniquenses. E esses caras levam cerveja a sério. A história e costumes da cidade são todos baseados em cerveja. No bar, por 2 euros o barman vira uma garrafa de meio litro de Augustiner amarela e fosca num copo de 30cm de altura. A melhor cerveja que experimentei na Alemanha.

Dormi meio cedo pra ir no Free Tour da Sandeman’s no dia seguinte. Combinei com o Ronaldo, o brasileiro de São Paulo, de estar ali no bar no dia seguinte às 14:30 pra irmos conhecer o Alianz Arena, o famoso estádio de futebol com arquitetura futurística.

E o dia acabou.

*Ouvindo – ‘Van Dyke Parks – Jump!’

2 comentários:

  1. Grandes experiencias. Gente velha "num" deve subir na torre. Mas o europeu gosta "num" sei porque. hahahahaha Fiquei com vontede de tomar a cerveja, porque subir na torre "num' é mais para mim.

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  2. E o "pimpão" achando que seria moleza subir 3.989 degraus... hahahahaha

    A cerveja, depois de ver as fotos, dá mesmo vontade de experimentar!

    bjooo

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